A depender de técnicos do Ministério da Economia e até do Congresso Nacional, o funcionalismo público federal passará um bom período sem reajustes salariais. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já defendeu inúmeras vezes o congelamento até 2022, não só na União, mas em todos os entes.
Além disso, há agora um movimento para frear correções remuneratórias por mais tempo. Essa ideia ganhou força diante do novo cenário econômico que se desenha em decorrência da pandemia do coronavírus.
A avaliação é de que as consequências das medidas de isolamento social, necessárias para conter o avanço da covid-19, serão graves para as finanças públicas.
Diante disso, na União, a intenção é segurar qualquer tipo de aumento salarial para os cerca de 600 mil servidores ativos, além dos inativos que têm direito à paridade, até que a economia comece a mostrar alguma recuperação, o que deve demorar.
Reposições condicionada a aprovação de reformas
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, é um dos que defendem recorrentemente o congelamento salarial.
Em entrevista à coluna, em 9 de fevereiro, ou seja, antes da pandemia, Mansueto já havia condicionado qualquer proposta de reajuste à aprovação de reformas, como a administrativa, que alcançará apenas futuros servidores.
“Não dá é para ter reajustes contínuos e para todo mundo. Isso vai ter que ser mais organizado”, afirmou ele, lembrando que carreiras do topo do funcionalismo, como auditores da Receita, tiveram reajuste (parcelado) em 2016, 2017, 2018 e 2019.
E novas reposições dependerão de como ficará a economia no país.