Como defensora dos direitos dos trabalhadores e da democracia brasileira, a direção do Sindsep-AM vem a público manifestar seu total repúdio e vergonha pelos atos criminosos ocorridos na tarde deste domingo (8) em Brasília (DF), onde os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram brutalmente atacados e vandalizados.
A violenta invasão e depredação dos prédios e outros bens públicos dos Três Poderes por movimentos bolsonaristas radicais, que não aceitam o resultado das eleições, é o maior ataque concreto à democracia brasileira no período pós-1988.
A polícia do Distrito Federal, tão ‘eficiente’ na repressão a qualquer manifestação sindical, estudantil ou popular, nada fez diante dos terroristas, em clara conivência de autoridades públicas aliadas do bolsonarismo e de empresários criminosos que vêm financiando atos golpistas desde a proclamação dos resultados nas urnas, em 2022.
A tragédia deste domingo fora anunciada já no dia 12 de dezembro, quando os vândalos que tentaram impedir a diplomação do presidente não foram presos. O acampamento golpista permaneceu intocado na capital federal, e em 24 de dezembro um terrorista tentou explodir uma bomba perto do aeroporto da cidade. A conivência das autoridades de segurança alimentou os radicais que se sentiram à vontade para ‘convocar’, abertamente, os ataques para 7, 8 e 9 de janeiro.
Como dito em nota pela Condsef, “passou da hora de os comandantes militares assumirem sua responsabilidade legal e providenciarem a desmobilização do acampamento golpista-ilegal instalado em área militar, próxima ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. (…)”.
E diante desse cenário, é essencial que os trabalhadores se manifestem nas ruas em defesa das liberdades democráticas e contra o golpismo. O Sindsep-AM espera que os terroristas, autoridades omissas e todos que estimularam e financiaram esse episódio criminoso sejam exemplarmente identificados e punidos.
A Condsef também “está pronta a apoiar e participar de todas as manifestações e mobilizações em defesa da democracia, em defesa do voto popular, do resultado das eleições e da legitimidade do governo Lula. Que elas sejam a realização da mais ampla frente única em defesa da democracia”.