O Sindsep-AM repudia veementemente as falas do deputado Alberto Cantalice, do PT, sobre a greve dos servidores do Ibama, deflagrada no último dia 2 de janeiro.
“Nos desgovernos Temer/Bolsonaro não se insurgiram. Viram o Ricardo Salles ‘passar a boiada’ e pouquíssimos se manifestaram (mesmo veladamente). Foi só um governo progressista assumir, para quererem de uma só vez resolver um problema salarial que remonta 8 anos”, afirmou o parlamentar na rede social X (antigo Witter).
O secretário de finanças do Sindsep-AM, Menandro Sodré, criticou a opinião de Alberto ressaltando que ela não reflete a posição do partido, que foi criado sobre a luta dos trabalhadores e que conhece, muito bem, o posicionamento das entidades sindicais que sempre o apoiaram, inclusive colaborando com a eleição de um presidente operário por três vezes.
“Não é porque somos apoiadores do governo ou militantes do partido que vamos aceitar qualquer coisa de boca calada. Governo é governo e sindicato é sindicato. Nós existimos para defender a luta dos trabalhadores, das categorias às quais representamos. A greve dos servidores do Ibama é um reflexo dessa luta, motivada por questões legítimas e preocupações válidas”, afirmou.
Os servidores do Ibama protestam contra as condições precárias de trabalho e a falta de apoio do governo federal. Eles denunciam que sofrem com a falta de recursos, equipamentos, pessoal, segurança e autonomia técnica para exercer a fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas.
Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, valorização salarial, respeito à legislação ambiental, garantia de segurança, reposição de pessoal e equipamentos, e diálogo com o governo. Eles afirmam que a paralisação é uma medida de resistência e de defesa do meio ambiente e dos povos da floresta.
Cobranças
Conforme a direção do Sindsep-AM, a entidade vai continuar lutando e cobrando do governo as reivindicações dos servidores, inclusive com várias atividades já agora já em de 2024. “Teremos várias mobilizações e assembleias para cobrar do governo os nossos direitos, a nossa recomposição salarial e reestruturação das carreiras”, frisa Menandro Sodré.
Ascom/Sindsep-AM