O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep-AM) enviou ofício ao Ministério dos Transportes, ao Corpo de Bombeiros e à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) para pedir assistência à família do servidor federal João Nascimento Fernandes, 58, desaparecido no último dia 28 de setembro, no desabamento de uma ponte no KM 25 da BR-319.
O documento também pede celeridade nas buscas, que completam uma semana nesta terça-feira (4). Parentes e amigos dos desaparecidos têm relatado um número baixo de agentes e poucos equipamentos nas buscas.
“Diante do exposto, senhor comandante, este sindicato apela a Vossa Excelência para que se busque aumentar o efetivo de homens do Corpo de Bombeiros, que certamente pode aumentar as oportunidades de encontrar os desaparecidos na busca de amenizar o sofrimento dessas famílias”, diz trecho do ofício enviado ao Corpo de Bombeiros.
Segundo o secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, o sindicato continuará acompanhando os trabalhos e pressionando para que o caso de João Nascimento Fernandes e de outros desaparecidos seja solucionado.
Entenda
No último dia 28 de setembro, a ponte que corre sobre o rio Uruçá, no KM 25 da rodovia federal BR-319, despencou. Até o momento, o acidente resultou na morte de quatro pessoas, além de feridos e desaparecidos. O servidor João Nascimento Fernandes estava na ponte no momento em que a estrutura cedeu. Ele ainda não foi encontrado.
“Ele estava voltando com a minha avó do sítio que a nossa família tem do outro lado [da ponte]. Quando eles passaram por lá, umas 7h da manhã, já estava uma confusão na ponte. Ele deixou a minha avó esperando no carro e foi ver o que estava acontecendo. Deu uns 10 minutos e a ponte caiu”, conta a estudante e neta do servidor, Ana Beatriz Fernandes dos Santos.
Segundo ela, desde então, a família tem ido diariamente aos hospitais, ao Instituto Médico Legal (IML) e ao local do acidente para buscar qualquer informação que possa indicar o paradeiro de João Nascimento Fernandes. A jovem critica ainda a lentidão das buscas e pede mais assistência à família. “É um trabalho muito difícil para uma equipe só fazer. Tinha dois mergulhadores. Falta algum equipamento maior para puxar os veículos que ainda estão na água, um guindaste. Eles têm dois tratores, mas o peso dos carros e a pressão da água tem impedido”, afirma ela.