O secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, esteve presente no ato realizado nesta sexta-feira (15), em frente ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI), em Brasília (DF), para exigir ao governo federal a abertura de negociação sobre as condições de trabalho dos servidores públicos federais. O protesto faz parte da programação do XIV CONCONDSEF e o V CONFENADSEF, maior instância de deliberação de trabalhadores do serviço público federal.
“O congresso está iniciando. Pela manhã tivemos esse ato importante em frente ao MGI, onde reunimos cerca de 600 pessoas, incluindo a delegação do Amazonas e as companheiras e companheiros do Sindframa. Defendemos a abertura real de negociação com o governo. O governo Lula precisa apresentar um reajuste que reponha as perdas dos servidores. Foi um ato importante”, disse Walter Matos.
O congresso seguirá até o próximo domingo (17) e deve ser um importante espaço para que a categoria trace um plano de lutas e reivindicações nesta nova conjuntura. O encontro ocorre presencialmente em Brasília (DF), mas também há atividades híbridas na programação. O secretário-geral do Sindsep-AM destaca algumas pautas.
“Tenho levantado aqui a necessidade da convenção coletiva para servidores. A aprovação da Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho, porque, no meu ponto de vista, isso melhora a independência dos sindicatos e atrai novas filiações”, pontua ele.
Outro debate tido como essencial é sobre a contribuição sindical, considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento recente. Para Walter, esse é um debate do qual os sindicatos não podem fugir.
“A questão da contribuição assistencial é bem polêmica, mas vou manter a posição de defender. Entendo que os sindicatos não podem ignorar esse debate porque, afinal de contas, se um morador não paga o condomínio, a assembleia geral suspende essa pessoa e bota o nome dela no Serasa. No sindicato não, a pessoa se filia, deixa de pagar, o que geraria uma obrigação de fazer, mas os sindicatos não fazem nada. Está mais do que na hora de fazer esse debate”, argumenta.
Segundo ele, a contribuição viria para fortalecer os sindicatos, o que poderia ajudar a entidade a realizar mais políticas e, por consequência, atrair novas filiações. “Há quem tenha receio que a contribuição gere desfiliação, mas penso por esse outro lado”, diz.
Walter Matos também aproveitou o espaço de debates no congresso para repudiar o conflito na Faixa de Gaza e pedir o cessar fogo imediato. “Não somos favoráveis ao terrorismo, mas também não podemos ficar calados assistindo ao massacre do povo palestino, expulsão do povo palestino, milhares de crianças assassinadas pelo governo sionista, porque é o sionismo mesmo, não é outra questão”, pontua.
Confira aqui a programação completa do XIV CONCONDSEF e o V CONFENADSEF.
Ascom/Sindsep-AM