Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep-AM) vem a público declarar total apoio à paralisação legitima dos caminhoneiros, iniciado no dia 20 de maio, e dos petroleiros, marcada para começar nesta quarta-feira (30). Ambos os movimentos resultam dos diversos ataques feitos pelo golpista Michel Temer aos trabalhadores de todas as categorias.
Realizada nas estradas de todo o país, a greve dos caminhoneiros é uma forma de pressionar o governo a mudar a política de preços de combustíveis, tendo em vista os constantes aumentos feitos nos últimos 12 meses e que estão inviabilizando o trabalho para milhares de pais de família.
De acordo com as entidades sindicais, a inflexibilidade de Temer no processo de negociação para o fim da paralisação tem provocado consequências desastrosas no Brasil, afetando diretamente a população, que já sofre com a falta de renda e produtos para a sobrevivência, como combustíveis, gás, pão, verduras e em outros itens da cesta básica.
Enquanto isso, o governo ilegítimo quer dar isenção de mais de um trilhão às empresas estrangeiras que vão explorar os poços do pré-sal.
Conforme o secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, é preciso que além dos sindicados, a população apoie a manifestação dos caminhoneiros contra os abusos do governo Temer. Matos defende as pautas de reivindicações relacionadas à privatização da Petrobras. Segundo ele, a classe é contra a venda da estatal. Caso aconteça de fato a privatização, Matos afirma que o processo acarretaria mais desemprego e o crescimento da pobreza no Brasil.
“A greve dos caminhoneiros deve ser apoiada por todos os trabalhadores que são penalizados diariamente com o alto preço dos combustíveis e pelas famílias que pagam mais caro no gás de cozinha. Mas isso tudo é estratégia do ilegítimo presidente para vender a Petrobras por um preço de banana. Não podemos deixar isso acontecer. Devemos nos unir e lutar pelo que é nosso”, disse Walter.
O sindicalista apoia, ainda, o retorno do método usado no governo PT, de realizar todo o processo de extração e refinaria do Petróleo no Brasil. Hoje, parte do produto é importado de outros países, o que provoca a instabilidade no preço dos combustíveis, deixando a população acorrentada ao sistema.
Petroleiros
No mesmo barco dos caminhoneiros, nesta quarta-feira (30), os petroleiros também iniciam greve pelo fim da política de preços praticada atualmente pela Petrobras, com reajustes diários nos preços dos combustíveis, tendo como base a cotação do dólar e do barril do petróleo. Outra reivindicação da categoria é a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, a quem culpam pelo desmonte da estatal e o sucateamento do setor de refino de derivados de petróleo.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados convocaram a categoria para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Já a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) indica greve por tempo indeterminado.