Centrais, sindicatos e movimentos sociais realizaram na tarde da última sexta-feira (10), o Dia do Basta, um grade protesto das classes trabalhadoras e da população mais pobre do país contra a corrupção e os desmandos políticos e econômicos que vêm sendo patrocinados pelo governo ilegítimo e seus apaniguados.
Em Manaus, o ato ocorreu na praça Heliodoro Balbi (praça da Polícia) a partir das 16h, onde os participantes empunharam faixas e cartazes com frases que simbolizam toda a sua indignação contra o desemprego, a retirada de direitos conquistados e a falta de investimentos na saúde e educação, entre outros problemas tão graves quanto.
A direção do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep-AM) esteve presente na manifestação e afirmou que a hora é de mostrar resistência e indignação as tragédias provocadas pela desastrosa gestão do presidente Michel Temer. O secretário de finanças da entidade, Menandro Sodré, disse que é preciso dar uma basta no desemprego, nos aumentos abusivos dos combustíveis, no gás de cozinha, assim como na retirada dos direitos trabalhistas.
Além de Menandro, participaram do ‘Dia do Basta’ os diretores João Pereira Leite, Adminildo Lima dos Santos, Sebastiana Pessoa, Maria Conceição dos Santos, Leniuza Pereira e Gleig Sá.
“Precisamos dar um basta nessa corrupção que tomou conta do nosso país. Basta de reforma, de impunidade e de falta de democracia. Nós, como representante dos servidores federais, entendemos que é preciso revogar urgentemente a EC 95/16, que congela por 20 anos os investimentos nos setores públicos. Além disso, estamos lutando pelo nosso reajuste salarial, nossa data-base e por uma política salarial continua. Estamos no ‘Dia do Basta’ para somar e contribuir com a mudança desse cenário lamentável que estamos vivendo diariamente”, disse Menandro.
Ainda de acordo com o sindicalista, outro ponto central do protesto foi a luta pelo direito de candidatura do ex-presidente Lula. Menandro destaca que a decisão de torná-lo novamente presidente do país cabe apenas à população brasileira e que esse direito de democracia deve ser respeitado.
“Nós entendemos que ele tem sim o direito de concorrer à presidência. Agora, se ele vai ser eleito ou não, isso depende do povo. Precisamos e vamos lutar junto com as centrais e com os movimentos sociais para que no próximo dia 15 seja registrada definitivamente a candidatura de Lula”, ressaltou.
Também presente ao protesto, i representante nacional do movimento ‘Luta Popular’, Júlio César Ferraz, lembrou que é preciso frear, urgentemente, o aumento descontrolado do desemprego, da pobreza e, acima de tudo, da criminalização dos movimentos sociais. Ele acredita que a atual política econômica regida pelo ilegítimo presidente Michel Temer vem piorando gravemente a condição social da população.
“Nós temos hoje no Brasil mais de 50 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da miséria. Mais de 30 milhões de brasileiros desempregados e o governo insiste em falar que a situação está bem, que a crise está passando. Não é verdade, precisamos e vamos dar um basta nesses fortes ataques feitos pelo governo aos menos favorecidos. Essas situações que favorecem a pobreza aumentam a violência e a matança dos nossos jovens nas periferias. Hoje, Manaus se torno a 34◦ capital mais violenta do mundo. Tem de haver um basta nisso”, comentou Júlio.
Após alguns líderes dos trabalhadores e momentos sociais explanarem suas ideias sobre os problemas que afligem o Brasil, saíram da Praça da Polícia e percorreram algumas ruas do centro até chegar à Praça do Congresso, onde encerram o ato.