Em assembleia realizada na última sexta-feira (23/8), os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria Geral da União rejeitaram, em votação apertada (1462 a 1303, além de 11 abstenções), a proposta salarial do governo e decidiram intensificar a mobilização, que pode culminar em greve.
Os servidores rejeitaram uma proposta de reajuste de 23%, entre 2025 e 2026. De acordo com o presidente da Unacon Sindical, Rudinei Marques, que representa a carreira de finanças e controle, estão previstas reuniões do sindicato no início da próxima semana para tratar dos rumos do movimento.
Além da agenda remuneratória, esse segmento defende a exigência de nível superior para novos servidores do cargo de técnico federal de finanças e controle. Até o momento, o governo rejeita essa demanda.
Os funcionários do Banco Central, que, em abril, fecharam acordo com o Executivo, também tinham esse pleito, mas não foram contemplados.
O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) havia definido esta sexta-feira como a data final das negociações com o conjunto de servidores, e essa era uma das últimas negociações pendentes.
A previsão de impacto orçamentário do conjunto de cerca de 40 acordos firmados com as diferentes carreiras deve ser encaminhada ao Congresso até o final de agosto, quando o governo apresenta o projeto de lei orçamentária de 2025.