Os servidores da carreira de Finanças e Controle que atuam no Tesouro Nacional e na Controladoria-Geral da União iniciaram, nesta terça-feira (6), paralisação de 48 horas, parte da greve geral da categoria. Os trabalhadores reivindicam retomada da mesa de negociação específica com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que, por sua vez, informa já ter fechado 28 acordos com o funcionalismo.
A mobilização das categorias de finanças e controle inclui outra paralisação de 48 horas na próxima semana, a entrega de cargos de chefia e intensificação da operação padrão. O movimento grevista diz que, até o momento, mais de 200 chefes, coordenadores, diretores e gerentes da CGU e do Tesouro.
O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) informou que a mobilização do Tesouro implicou no cancelamento de diversas reuniões externas, incluindo com a B3, o que pode implicar em atrasos em ações para o Tesouro Direto, e no repasse de informações para o Banco Central.
O sindicato também diz que “haverá atraso, em relação ao prazo usual, nas emissões e resgates de títulos públicos”. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já mostrou que o Tesouro considera os leilões da dívida uma atividade crítica e que, portanto, ela não será afetada.
Acordos em andamento
O Ministério da Gestão informou, também nesta terça-feira, que já fechou 28 acordos com representantes de diversas carreiras do funcionalismo federal, que representam mais de 70% da força de trabalho da União.
Segundo a pasta, essas reestruturações de carreiras englobam acordos que repõem toda a inflação prevista para o atual governo e parte das perdas de gestões anteriores.
Para 2024, o governo já realizou o reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil, aumento de 51,1% nos recursos destinados no auxílio-saúde e de R$ 321 para R$ 484,90 no vale-creche para todos os servidores federais.
Estadão Conteúdo