Com apoio do Sindsep-AM, servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (26). A mobilização faz parte de um calendário nacional que irá se repetir com novas paralisações de 48h e 72h nos dias 10,11 e 24, 25 e 27 de julho, envolvendo também funcionários de órgãos como Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Agência Nacional do Cinema (Ancine), Fundação Cultural Palmares (FCP), Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
No Amazonas, o cenário de desvalorização do Iphan já inicia pelo quantitativo ativo de trabalhadores. O órgão possui sete servidores para atuação em uma região que representa, sozinha, 3% do território do país.
Durante a paralisação desta quarta-feira, servidores em Manaus se uniram para alinhar as pautas e definir estratégias de luta para os próximos atos. Eles estabeleceram a necessidade de procurar influenciadores digitais ligados à cultura em busca de apoio à luta e, por meio do Sindsep-AM, enviar ofícios aos parlamentares do Estado com o mesmo objetivo.
Os servidores também visitaram o porto de Manaus, o Museu da Cidade e o Sítio Arqueológico Manaus, onde estenderam cartazes e faixas temporárias para registrar em fotos e vídeos o dia de luta pela categoria.
Próximas mobilizações
Na próxima sexta-feira (28), os servidores participarão de um fórum na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), às 14h, onde haverá um momento de fala para convidar os colegas a aderirem a uma paralisação de 48 horas nos dias 10 e 11 de julho.
Dia 10, eles participam do evento Tacacá na Bossa, no Largo São Sebastião, e no dia 11, encontram os detentores da cultura e outros servidores federais para um ato em defesa do setor, com o tema ‘A Cultura REvoltou’.
As principais demandas dos servidores federais do setor cultural incluem a recomposição salarial para corrigir as perdas inflacionárias acumuladas desde 2010, estimadas em 53,05%, e a revogação de medidas provisórias, portarias e decretos considerados prejudiciais.
Além disso, os servidores exigem a equiparação dos benefícios entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e a criação de mesas setoriais para discutir a reestruturação das carreiras.
A categoria reclama da falta de apoio e ações efetivas por parte do presidente nacional do órgão e da ausência da Ministra da Cultura nas negociações salariais iniciadas no ano passado. A desvalorização do trabalho é apontada como um dos principais fatores para a falta de interesse dos aprovados no concurso de 2018 em tomar posse dos cargos disponíveis.
O Sindsep-AM reforça seu compromisso com a valorização da cultura e a defesa dos direitos dos servidores. A categoria está unida na busca por melhores condições de trabalho e pela preservação do patrimônio histórico e artístico.
Ascom/Sindsep-AM