Em assembleia na manhã desta sexta-feira (5), servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Amazonas, rejeitaram a devolutiva do governo federal que tratava sobre a reestruturação das carreiras. Até o momento, mais de dez unidades do Incra nos estados já disseram ‘não’ à proposta. A tendência é que essa resposta seja a da maioria. As entidades representativas devem pedir uma nova mesa temporária de negociação, já que o governo considerava essa proposta a última.
A assembleia ocorreu na sede do Incra em Manaus, sob a coordenação dos secretários do Sindsep-AM Margareth Buzaglo (assuntos jurídicos), Menandro Sodré (finanças) e Jorge Lobato (comunicação).
“A proposta do Incra foi discutida em todos os seus aspectos, tanto para o nível superior como nível médio e nível auxiliar. Todos os níveis presentes rejeitaram a proposta. Entenderam que nós evoluímos, saímos do zero, houve uma proposta para a região Norte, para a região amazônica. Entretanto, nós sabemos as dificuldades que executamos e dois ou três pontos foram apontados para serem acrescentados na nossa reunião e na solicitação de nova mesa de negociação setorial do Incra”, disse a secretária Margareth Buzaglo, servidora de carreira do Incra.
Os três pontos que geraram a maior discordância foram a não criação, pelo governo, da Gratificação de Qualificação (QG); a disparidade salarial entre servidores do nível médio e superior, já que o primeiro recebe 42% do salário do segundo – o pedido é para que seja 70%; e a criação de uma Gratificação de Localidade que não seja exclusiva das unidades avançadas e atenda também aos aposentados e pensionistas. Os servidores pedem ainda que a aplicação futura dos reajustes dos servidores da área ambiental se aplique aos servidores de Reforma e Desenvolvimento agrário do Incra.
“Os aposentados e pensionistas são uma premissa muito importante que este sindicato não abre mão. Em nenhum momento eles foram retirados do debate, pelo contrário, sempre foram mencionados nas discussões e o governo aprovou que todo o aumento dos ativos também alcançasse aposentados e pensionistas”, ressaltou Margareth.
Após rejeitar a proposta, os servidores marcaram para a próxima terça-feira (9), dia do aniversário de 54 anos do Incra, uma mobilização em defesa da valorização das carreiras. O ato está sendo organizado, mas deve incluir a elaboração de faixas com destaques para as demandas da categoria e atividades de conscientização para a população sobre a importância do Incra.
Confira um resumo do que propôs o governo:
- Alargamento da estrutura de 16 para 20 níveis;
- Reestruturação remuneratória que garante reajuste real ao longo do período 2023/2026;
- Ajustes nos steps com melhoria nos valores de um nível para o outro;
- Aproximação da remuneração de entrada de NS (Analista e Perito);
- Aproximação remuneratória ao longo da tabela entre cargos de NS (Analista e Perito);
- Transversalização do Plano de Carreira para órgãos e entidades que atuam nessa política (Incra e MDA – avaliar se outras tb);
- Órgão supervisor sugerido: INCRA/MDA (Compartilhado);
- Criação de gratificação de localização para servidores em áreas de difícil fixação de pessoal.
Confira o que a assembleia deliberou:
- Rejeição da proposta apresentada pelo governo em 24jun24;
- Requerem os servidores do Amazonas a aplicação futura dos reajustes dos servidores da área ambiental para os servidores de Reforma e Desenvolvimento agrário do INCRA;
- Exigem que a aplicação do adicional de localidade para Amazonas seja para capital e unidades avançadas no interior;
- Decidiram promover Mobilização na SR-AM no dia do aniversário de 54 anos de criação do INCRA em 9jul24, próxima terça feira, numa ação de valorização e divulgação do trabalho da autarquia para o público Amazonas
Ascom/Sindsep-AM