A intenção do governo federal de trocar o reajuste salarial previsto – de 5%, para todas as categorias – por um acréscimo no vale-alimentação irritou os servidores públicos federais, que preparam uma ofensiva contra a proposta.
A intenção do governo federal de trocar o reajuste salarial previsto – de 5%, para todas as categorias – por um acréscimo no vale-alimentação irritou os servidores públicos federais, que preparam uma ofensiva contra a proposta.
Atualmente, os servidores da União que estão ativos em suas funções recebem R$ 458 mensais para alimentação. A estimativa do governo é de que o valor poderia ultrapassar R$ 600 mensais.
“Reajustar apenas o vale-alimentação é um verdadeiro desrespeito aos servidores, sobretudo aos aposentados, que nem sequer esse reajuste terão, pois não recebem vale-alimentação”, critica o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.
Os servidores públicos federais reivindicam reajuste de 19,9%. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo tem até o fim de junho para tomar decisão a respeito de proposta de aumento para a categoria.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) afirma que a maioria do funcionalismo está com salários congelados há mais de cinco anos.
“Só nossa pressão será capaz de fazer com que o governo conceda a recomposição salarial emergencial pleiteada pelo funcionalismo. Dinheiro tem e a legislação permite”, afirma a Condsef, em nota.
Na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, Paulo Guedes afirmou que “até 5%” seria possível “repor o funcionalismo”.
Metrópoles