O secretário de administração do Sindsep-AM, Jorge Lobato, participou nesta segunda-feira (16), na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), da audiência pública ‘A Amazônia não tem solução fora da Ciência e da Tecnologia’, na qual estiveram presentes representantes de diversas entidades ligadas à produção de conhecimento na região.
A audiência foi comandada pelo presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) da ALE, deputado Serafim Corrêa (PSB), segundo qual a área econômica do governo federal desconhece a Amazônia e o fato de que a solução para a preservação da floresta está na ciência e tecnologia.
“Há 100 anos, perdemos a guerra da borracha, porque não tínhamos ciência e tecnologia, coisa que os ingleses tinham. Eles levaram as nossas sementes de seringa e plantaram na Malásia, seguindo a linha do Henry Ford, e se deram bem, foi quando quebraram nossos seringais. Precisamos levar a ciência e tecnologia a sério, porque fora dela não temos futuro”, alertou o deputado.
Para Serafim, o diálogo entre os órgãos de pesquisa e tecnologia e o parlamento é de grande importância para a sobrevivência da floresta.
“O objetivo dessa reunião foi colocar o mundo da ciência e tecnologia para conversar. Ciência e tecnologia é a principal ferramenta para proteger a floresta, evitar as queimadas e evitar desmatamentos. Essa é uma área que temos que defender. Por que não aplicar verbas de P&D em bolsas?”, questionou Serafim Corrêa.
Segundo a presidente da Fapeam, Márcia Perales, a ciência e tecnologia devem estar a serviço da sociedade.
“A ciência tem sido a principal mola propulsora de todas as transformações societárias produtivas, tecnológicas e culturais. É muito importante que o Estado mantenha os investimentos e que a gente trabalhe para que essa produção tecnológica e científica esteja a serviço da sociedade. No âmbito estadual, estamos com trabalhando com aumento significativo de recursos em relação a anos anteriores”, disse Perales.
O professor Ennio Candotti, diretor do Museu da Amazônia (Musa), disse que é irresponsabilidade não usar os recursos de ciência e pesquisa para a proteção da floresta. “A floresta em pé vale muito mais do que duas cabeças de gado andando na Floresta queimada. A floresta está sendo incendiada, porque o CBA não funciona e não sabemos o porquê”.
Além de Jorge Lobato, que é servidor de carreira do Instituto Nacional do Pesquisas da Amazônia (Inpa), diversos pesquisadores e estudantes do órgão também estiveram presentes à audiência, prestigiada ainda o evento representantes de órgãos, como CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia); Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas); Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia); Seplancti (Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); UEA (Universidade do Estado do Amazonas); Ufam (Universidade Federal do Amazonas); Ifam (Instituto Federal do Amazonas) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Com informações da assessoria da CCT