As mobilizações dos servidores públicos contra a Proposta de Emenda Constitucional 186, conhecida como PEC Emergencial, seguem. A terça-feira, 9, foi um dia intenso de ações, com debates, manifestação no gramado do Congresso Nacional, transmissão ao vivo de ato dos trabalhadores e, para encerrar, projeção no Congresso Nacional contra a PEC, em defesa dos serviços públicos, contra privatizações e pela volta do auxílio emergencial de R$ 600.
Cidadãos e cidadãs podem se juntar à mobilização pressionando os parlamentares de seus estados a votarem contra a PEC que está na pauta de deliberação da Câmara dos Deputados e deve ter destaques apreciados nesta quarta-feira, 10. O texto base foi aprovado ontem.
De acordo com a proposta, o governo federal pagaria um auxílio em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e imporia mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários. Para o Secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, o valor destinado ao auxílio emergencial é insuficiente para atendimento da população necessitada.
“Era para dar auxílio [emergencial] para mais de 67 milhões de pessoas, mas com esse recurso estipulado, o governo só vai contemplar metade”, critica. O dirigente avaliou a aprovação do texto base da PEC como “lamentável”.
“Infelizmente foi aprovada a admissibilidade da PEC com grande adesão dos deputados aliados ao governo, mas vamos continuar fazendo nossa parte. Os deputados estão colocando suas digitais em uma PEC criminosa, que retira direitos. Estão se aproveitando da situação para ‘passar a boiada'”, comenta Silva. Ainda assim, o Secretário-geral da Confederação afirma que há espaço para resistir: “Essa é a nossa missão, a luta está só começando”, reforça.
Com informações da Agência Câmara e Condsef