O governo terá uma folga de apenas R$ 1,1 bilhão para gastar livremente no Orçamento de 2022 com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, após corrigir despesas obrigatórias como aposentadorias e reservar os recursos para o Auxílio Brasil (novo Bolsa Família).
Os novos números foram apresentados na última segunda-feira (22) pelo secretário de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, em audiência no Senado.
O espaço baixo para outros gastos mostra a dificuldade que o governo terá para alocar no Orçamento de 2022 uma série de promessas do presidente Jair Bolsonaro que poderiam funcionar como vitrine no ano em que ele pretende concorrer à reeleição.
O presidente sancionou na mesma data um vale-gás para famílias de baixa renda, já anunciou um auxílio para compensar caminhoneiros pela alta do diesel e prometeu um reajuste para servidores públicos, caso a PEC seja aprovada pelo Congresso.
Com os números apresentados, não há espaço para todas as despesas prometidas por Bolsonaro.
O Globo