Na data em que é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, uma comissão da Condsef/Fenadsef integrou o ato que exigiu a imediata libertação e salvo-conduto do ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas. O ato, promovido pelo Comitê Internacional pela Libertação de Jorge Glas, foi realizado nesta terça-feira (10), na frente da Embaixada do Equador, em Brasília. Na ocasião, uma comissão foi recebida na Embaixada e entregou um documento do Comitê ao representante do embaixador.
Participaram da delegação o Secretário Geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, acompanhado dos diretores Maria Neuziana T. C. Uchôa, Mônica Machado Carneiro, Carlos Alberto de Almeida e Edison Cardoni; o Secretário Geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves; além da diretora Joana D’Arc do Carmo Alves Cruz, do Sinpro-DF, e a professora Maria Luiza Pinho Pereira, da Associação dos Docentes da UNB.
Jorge Glas está preso desde 2017, quando foi incriminado por uma grande manobra de “lawfare” contra a democracia que todos conhecem como “Operação Lava Jato”.
A Lava Jato quebrou grandes empresas brasileiras da construção civil, naval, óleo e gás que faziam face a multinacionais estadunidenses, deixando um rastro de desemprego. Mas não ficou por aí. Por interesse dos Estados Unidos da América (EUA), ela também estendeu os seus tentáculos ao Equador. Isso porque, durante o governo Rafael Correa, Glas esteve à frente de inúmeros projetos de desenvolvimento para garantir soberania energética ao país que chegou a ser exportador de energia elétrica.
Em artigo publicado no último dia 03 de dezembro, na página da Condsef/Fenadsef, o secretário de Assuntos Jurídicos, Parlamentares e de Classe da Confederação, Edison Cardoni, destaca que, hoje, o governo Daniel Noboa deixa o povo equatoriano sofrer com apagões generalizados com o objetivo de privatizar o setor. Enquanto isso, Jorge Glas encontra-se encarcerado numa prisão de segurança máxima depois de ter sido sequestrado na Embaixada do México, em Quito, onde se encontrava como asilado diplomático, aguardando salvo-conduto.
“O combate à corrupção depende do fortalecimento da democracia e da organização dos trabalhadores. O lawfare faz exatamente o contrário: corrompe a justiça para fazer luta política contra a organização dos trabalhadores e contra a democracia, preparando a instalação de governos autoritários que possam ir muito fundo na destruição dos direitos, dos serviços públicos, nas privatizações e alienação da soberania nacional e popular”, conclui Cardoni em seu artigo que pode ser lido AQUI.
Da Condsef/Fenadsef