Movimentos antifascistas e em defesa da democracia têm ganhado força no Brasil. Iniciadas por torcidas de grandes times de futebol, as manifestações são uma reação aos atos essencialmente pró-Bolsonaro que atacam instituições, se insurgem contra Supremo, Legislativo e fazem ode a movimentos supremacistas com forte conotação racista. No último domingo, houve confronto na Avenida Paulista e a reação da polícia contra manifestantes em defesa da democracia e ação protetora em favor da ala bolsonarista indignou centenas de representantes da sociedade civil organizada ao longo do dia. A Condsef/Fenadsef se posiciona em defesa da democracia e contra o fascismo. A entidade convocou atos na última semana em defesa dos serviços públicos em todo o Brasil com destaque para o #ForaBolsonaro. A Confederação está entre as signatárias do maior pedido de impeatchment protocolado até o momento na Câmara dos Deputados.
Agora a noite, novas manifestações contra o racismo e o fascismo foram registradas em Curitiba. Vivemos um momento de bastante gravidade e a escalada do fascismo precisa ser contida. Enquanto reprimiram manifestantes em defesa da democracia, policiais escoltaram e deram suporte a manifestantes pró-bolsonaro. Uma delas carregava um taco de beisebol. Policiais foram questionados se o instrumento não seria considerado arma branca e o que aconteceria se algum manifestante pró-democracia fosse pego com aquele objeto. Outro manifestante carregava uma bandeira de movimento neonazista da Ucrânia.
Atos em defesa da democracia devem continuar
As manifestações pró-democracia e antifascismo devem seguir acontecendo e alcançar outros estados. Foram registrados movimentos também no Rio, em Brasília, além de Curitiba e São Paulo. As bandeiras são essencialmente as defendidas também por servidores públicos. Um Estado democrático de direito é um Estado com garantias constitucionais asseguradas e que demandam investimento em serviços essenciais à população.
Um outro movimento que está ganhando as redes sociais lembra a todos que somos maioria em defesa da democracia e contrário aos rumos que o País está tomando com o governo Bolsonaro. A hashtag #Somos70PorCento está ganhando corpo. O movimento foi iniciado pelo ex-banqueiro e economista, Eduardo Moreira.
No mundo, uma onda de protestos também está tomando conta das ruas desde a morte por asfixia de George Floyd por um policial em Mineápolis. O movimento #VidasNegrasImportam é crescente. A onda de protestos, enquanto vivemos os impactos da pior crise sanitária das últimas décadas, provocada pela pandemia por Covid-19, é um reflexo da indignação e insatisfação de uma maioria negligenciada por políticas públicas e vítimas constantes do reflexo da ausência de Estado e de direitos essenciais em suas vidas.