Às vésperas do ano eleitoral, é bom que os parlamentares do Congresso Nacional abram os olhos: o povo não perdoa deputado que vota contra os seus direitos. O pleito de 2018 deixou claro que, deputado que não apoia o povo, não é reeleito. Levantamento feito por entidades sindicais que representam os servidores públicos apontam que cerca de 80% dos deputados federais que votaram a favor da reforma Trabalhista e declararam votar na reforma da Previdência não conseguiram se reeleger.
Cenário confirmado em pesquisa realizada pelo Broadcast Político e Inteligov. A maioria dos parlamentares reeleitos em 2018 foi contra ‘reformas’. Conforme dados apresentados, dos 251 deputados federais reeleitos em 2018, menos da metade foi totalmente favorável às reformas econômicas aprovadas pelo governo de Michel Temer. Ou seja, menos de 125. A troca das cadeiras foi responsável pelo fim da dinastia de renomados clãs políticos que atuavam no cenário nacional há décadas. Parlamentares que dedicaram suas “carreiras” em prol do patrão e contra o trabalhador não conseguiram renovar mandatos em 2018. O preço que pagaram por votar contra direitos dos trabalhadores foi a derrota nas urnas.
Uma das primeiras medidas econômicas propostas por Temer, a PEC do teto dos gastos (EC 95/16), que congela investimentos públicos por 20 anos, recebeu apoio de 144 parlamentares que conseguiram se reeleger. Os demais, foram barrados pela vontade popular. A reforma Trabalhista foi ainda mais punitiva com os seus defensores.
As bancadas e legendas também perceberam o desgaste causado pela aprovação das propostas. MDB e PSDB encolheram 33% e 41% respectivamente. Reforçando a vitória das campanha “Quem votar não volta” e “Se votar, não volta”, proposta por entidades representativas dos trabalhadores.
Reforma Administrativa
O mesmo deve acontecer com os parlamentares que apoiarem a reforma Administrativa. Uma ampla campanha de esclarecimento sobre os efeitos perversos da PEC 32 está em curso em todo o Brasil. Em alguns estados entidades estão apostando no uso de outdoors para mostrar quais deputados federais estão sinalizando votos em favor da reforma e contra direitos essenciais da população assegurados na Constituição através dos serviços públicos. Em Santa Catarina, o relator da PEC 32 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado federal Darci de Matos, foi cobrado para que não desse apoio ao desmonte dos serviços públicos representado pela proposta de reforma Administrativa.
Divulgação/Sintrajusc
Nesta quinta-feira, 20, o deputado apresentou um segundo relatório sobre a PEC 32 dando mais um passo atrás nos ataques ao serviço público brasileiro. Antes havia tirado o poder do presidente de extinguir escolas, hospitais e outros órgãos públicos. Agora tira a palavra “subsidiariedade” que facilitaria a política de “vouchers” de Paulo Guedes. Há três conclusões. Eles sabem que a PEC é inconstitucional e estão tentando blindar retirando as partes mais evidentes para “passar a boiada” do restante; estão temerosos diante da pressão que cresce e tentam jogar na confusão; o que está mantido continua sendo um ataque brutal. A conclusão principal é que servidores e população devem jogar toda força para que essa PEC seja derrotada.
Na Pressão
É preciso reforçar e intensificar a pressão aos parlamentares da comissão e cobrar que barrem a proposta. Para ajudar nessa luta em defesa do setor público é fácil. Acesse o site “Na Pressão”. Lá você encontra informações e dados para que você possa entrar em contato com os deputados membros da CCJ em seu estado.
Para isso, confira aqui a lista com os nomes dos parlamentares membros da CCJ. Em seguida acesse o “Na Pressão” e selecione o parlamentar e seu estado e deixe seu recado: “Deputado que votar contra os direitos do povo não terá meu voto. Diga não à reforma Administrativa”.
Passo a passo
>> Acesse o site “Na Pressão”
* Selecione o nome do deputado e seu estado de origem
Pronto. Lá você encontra acesso a todas as redes sociais do parlamentar membro da CCJ de seu estado. Selecione e deixe seu recado: “Deputado que votar contra os direitos do povo não terá meu voto. Diga não à reforma Administrativa”. A votação do relatório de admissibilidade da PEC 32 na CCJ está prevista para a terça-feira, 25. Até lá a pressão será intensa. Um twitaço está programado para a segunda, 24. As hastags tem sido destaque, inclusive no programa “Encontro” com Fátima Bernardes. Essa semana a #DarciTraidorDoBrasil apareceu em destaque no telão da apresentadora.
Reprodução/Programa Encontro
No processo eleitoral de 2022 a população certamente continuará sendo lembrada daqueles parlamentares que ficaram ao lado de seus direitos e daqueles que optaram por defender interesses do mercado financeiro abrindo espaço para a privatização e a dificuldade de acesso a serviços básicos como saúde, educação e assistência social, principalmente entre as camadas mais carentes.
Ricos cada vez mais ricos
A reforma Administrativa deixará o rico cada vez mais rico, beneficiará o patrão e fragilizará as ações voltadas ao bem coletivo. Ao contrário do serviço público, que não tem o lucro como resultado de seu trabalho, os apoiadores da PEC 32 pretendem abocanhar as atividades hoje ofertadas pelas três esferas de poder (municipal, estadual e federal). Será o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS), das universidades públicas, do fomento à pesquisa e do ensino público de qualidade.
Mas, à exemplo da mudança vista na eleição de 2018, os parlamentares que se posicionarem contra o povo e em favor do patrão, deverão ter seus destinos políticos encurtados. Quem apoia a reforma é contra o cidadão e não tem o direito de representá-lo no Congresso Nacional.
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Condsef/Fenadsef