O diretor da Condsef/Fenadsef, Ismael José César, falou ao Jornal Nacional sobre a situação de desmonte enfrentada neste momento no Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Na semana passada a entidade encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência da República solicitando audiência para discutir os riscos do desmonte.
O quadro é temeroso, especialmente diante do agravamento de eventos extremos, como por exemplo, o quadro caótico enfrentado pelo Rio Grande do Sul. “A situação do Inmet é lamentável. A sede em Brasília já está desestruturada. Mas o grave ainda é a desestruturação que existe em distritos meteorológicos espalhados no Brasil inteiro”, disse Ismael ao JN em entrevista que foi ao ar na noite da segunda-feira (17). A matéria revelou ainda que a situação atinge serviços essenciais, incluindo a suspensão do levantamento mensal de eventos (climáticos) extremos.
A reunião emergencial solicitada busca garantir a manutenção e ampliação urgente da equipe técnica e demais funcionários terceirizados. No sábado, 15, 40 dos 208 funcionários terceirizados do Inmet foram dispensados. Isso representa cerca de 60% dos meteorologistas e 100% dos analistas.
Abertura de mesa setorial no MGI
A Condsef/Fenadsef participou ontem, também com representantes de suas entidades filiadas, de uma reunião no Ministério da Agricultura com a coordenadora de Gestão de Pessoas, Sara Martins. Foi solicitado ao Mapa que defenda junto ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a instalação imediata da mesa de negociação do setor.
Um dos objetivos prioritários é discutir a reestruturação do órgão, a falta de pessoal e necessidade de o governo promover concurso público para recomposição de força de trabalho, tanto no Mapa como mais urgentemente nesse momento no Inmet.
De acordo com o MGI, até agora, 20 mesas de negociação estão em curso e cerca de dez a serem abertas, 14 já fecharam acordo.
Condsef/Fenadsef