Na reta final das negociações salariais, servidores federais estão intensificando greves e mobilizações, manifestando crescente insatisfação com a postura do governo nas negociações. A crise chegou a um ponto crítico, refletido em uma assembleia geral realizada nesta semana, promovida pelo Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Na assembleia, representantes de carreiras importantes, como especialistas e analistas de infraestrutura, auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tesouro Nacional, e diplomatas, anunciaram a intensificação de suas greves. A decisão de parar e protestar visa a pressionar o governo a reconsiderar suas propostas e negociar condições mais favoráveis.
Prazo curto
A situação é agravada pela proximidade do prazo final para a conclusão das mesas de negociação, que coincide com o envio do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) ao Congresso Nacional. Com a expectativa de que até 90% dos servidores federais já tenham acordos assinados, a falta de resolução para algumas carreiras é vista como uma preocupação crescente.
Em resposta à atual situação, o Fonacate e o Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) enviaram ofícios ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), solicitando a retomada urgente da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
Líder sindical avalia situação
Rudinei Marques, presidente do Fonacate e do Unacon Sindical, afirmou que o governo tem sido intransigente. Marques destacou que, apesar das diversas tentativas de diálogo e propostas alternativas, o governo tem mantido uma postura rígida e inflexível.
— Apresentou uma proposta e tem se recusado a aceitar contrapropostas ou até discutir outros pleitos.
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