Por unanimidade, servidores federais ativos, aposentados e pensionistas do Amazonas aprovaram a proposta do governo federal de reajuste para trabalhadores das carreiras do Plano de Previdência, Saúde e Trabalho (PST), do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e carreiras correlatas. A assembleia, convocada pelo Sindsep-AM, aconteceu na manhã desta terça-feira (11), no auditório do Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua-Ufam).
A nova proposta prevê reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 5% em maio de 2026. Se esses percentuais forem somados aos 9% cedidos em 2023, a categoria totaliza um reajuste de 24,75% em quatro anos. O percentual, quando somado, é 6,77% acima da inflação prevista para o período, de 16,84%, ou seja, haveria um ‘ganho real’.
Fazia parte da proposta inicial e já foram efetivados o reajuste para R$ 1 mil do auxílio-alimentação, aumento para R$ 484,90 da assistência escolar e reajuste de 51% no auxílio saúde suplementar.
Para os níveis superior e intermediário, também está previsto, em 2026, um aumento nos steps de progressão e promoção funcional, que não apresenta diferença significativa no percentual acumulado pela categoria:
• Nível Superior (NS) – aumento nos padrões de 2,8% para 3% e nas classes de 3% para 4%
• Nível Intermediário (NI) – aumento nos padrões de 1% para 1,25% e nas classes de 1,5% para 2%.
A assembleia que aprovou a proposta foi coordenada pelos secretários Menandro Sodré (Finanças), Margareth Buzaglo (Assuntos Jurídicos), Geralda Oliveira (Administração), Edivaldo Machado (Cultura) e Adminildo dos Santos (Filiação). O secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, não participou, pois está em formação sindical junto à Condsef/Fenadsef, onde ele integra a diretoria.
Durante os debates sobre a proposta, a mesa da assembleia destacou que houve avanços no que estava sendo apresentado pelo governo após uma intensa mobilização dos servidores. Por isso, independentemente de a proposta ser aprovada, era preciso continuar o movimento em favor da categoria.
Avaliações
Servidora aposentada do Inpa, Maria Carmosina de Araújo diz que o reajuste proposto é o “mais viável” até o momento, considerando as condições orçamentárias do governo federal e a recente desvalorização dos trabalhadores na gestão Bolsonaro.
“Diante do histórico do governo anterior, temos que ter um certo consenso. Temos que fazer greve pelos nossos interesses, mas acho que também precisamos ser coerentes. Para começar uma luta, temos que aceitar o que o governo está oferecendo, porque todos nós sabemos que é o que tem para oferecer”, pontua.
Já o servidor do Ministério da Agricultura, Eliseu de Araújo, avalia que a proposta, se levada adiante pelas entidades nacionais e pelo governo, com o fechamento da negociação, deve diminuir um pouco as perdas salariais dos servidores. “Tivemos uma desvalorização salarial muito grande, mas essa é, sim, uma proposta boa para o momento. O que precisamos é continuar lutando, porque nossas perdas ainda não foram sanadas”.
O servidor do Ministério da Saúde, Luiz Gonzaga, que está prestes a se aposentar, destacou como ponto positivo o fato de o reajuste incluir também os trabalhadores que não estão mais na ativa.
“Não temos outro parecer que venha a melhorar, então, temos que seguir com isso, aprovar essa proposta. Eu, que já estou me aposentado. Votei a favor. O que podemos esperar é esse aumento em 2025 e 2026. Agora defendo que a categoria continue mobilizada”, comenta.
Ascom/Sindsep-AM