Nesta quarta-feira (12), em Brasília (DF), o secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, juntou-se a outros dirigentes de centrais sindicais, federações, sindicatos de base e movimentos populares para um grande ato em defesa dos servidores públicos. O evento ocorreu no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
Além de ato político pela manhã, durante à tarde o seminário intitulado ‘Reforma Administrativa, Desmonte do Estado como Projeto”, promovido pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, reforçou os graves prejuízos para a sociedade brasileira com as medidas propostas pelo ‘Plano Mais Brasil’ e a Reforma Administrativa.
Diversos painelistas apontaram para a destruição do serviço público e do modelo de Estado existente hoje no país, destacando a importância da mobilização do dia 18 de março, quando todos os servidores da União, estados e municípios, tanto no Judiciário, quanto no Executivo e Legislativo devem paralisar suas atividades.
Walter Matos ressalta que, diferente do que parece, a Reforma Administrativa não acontecerá apenas por meio do projeto que o governo enviará ao Congresso nos próximos dias. Na verdade, parte dela já está em tramitação, por meio do conjunto de medidas que formam o Plano Mais Brasil: PEC Emergencial (PEC 186/2019), 2), PEC dos Fundos (PEC 187/2019) e 3) PEC do Pacto Federativo (PEC 188/2019).
“Não podemos nos enganar, essas PECs representam grandes reformas na estrutura do serviço público hoje oferecido à população. Por isso, além do trabalho junto aos nossos parlamentares, temos de ir às ruas de todo o país esclarecer à população sobre mais esse golpe no Estado brasileiro. A atual política econômica do governo tem várias estratégias que precisam ser conhecidas e combatidas para o bem do país”.
Conforme análise dos participantes do ato em Brasília, são sete dimensões simultâneas para barrar o desenvolvimento brasileiro: subalternidade externa; reversão do Estado democrático de direito; privatização do setor produtivo estatal; privatização das políticas públicas rentáveis; privatização das finanças públicas; assédio institucional; e a Reforma Administrativa propriamente dita.