Após participar, por três dias, do XIII Concondsef e o IV Confenadsef, a direção do Sindesep-AM voltou para Manaus com disposição redobrada para lutar pelos direitos e conquistas dos trabalhadores do setor público e contra os taques do governo ultradireita de Jair Bolsonaro, que ameaça privatizar de mais de 150 órgãos e empresas que prestam serviços à população.
De acordo com o secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, a entidade está totalmente alinhada com as pautas discutidas durante o evento nacional e disposta a participar com grande atuação em todas as bandeiras de lutas definidas pelo congresso, inclusive se empenhando para uma grande mobilização no dia 18 de março, definido como Dia Nacional de Paralização, convocado pelas centrais sindicais.
“Está previsto para o dia 12 de fevereiro o lançamento da campanha salarial em nível nacional, mas antes nós vamos discuti-la nos estados, com assembleias setoriais nos locais de trabalho e grande articulação junto aos companheiros, pois não podemos ficar quietos diante dos ataques brutais desse governo que quer a redução da jornada com redução de salários e ainda a retirada das gratificações”, comentou.
Matos lembrou também que já no dia 08 de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, o Sindsep-AM deve participar de todas as manifestações, dando ênfase ao combate às PECs 186, 187, 188 e 438, e seguir preparando o terreno para a reunião do macro setor público, com as esferas federal, estaduais e municipais se unindo para o enfretamento aos ataques e organização do fórum em defesa dos serviços públicos.
O congresso
Realizados de 13 a 15 de dezembro, em Brasília, o congresso da Condsef/Fenadsef reuniu cerca de 450 delegados de base e observadores, que representaram a maioria dos servidores do Executivo Federal. Eles debateram e votaram a agenda de lutas que vai nortear as ações da categoria para o próximo ano. O tom dos discursos era de unidade e fortalecimento da mobilização em torno da pauta de reivindicações da categoria e contra os ataques organizados pela equipe econômica do governo e Congresso Nacional.
No debate de conjuntura, que contou com a participação da CUT, ISP, Dieese e Diap, um dos destaque foi a análise de que a Reforma Administrativa, em tese transferida para 2020, na realidade, já está acontecendo por meio da PEC 188, referente ao pacto federativo, e a PEC 186, que congela promoções e progressões.
Apesar do momento extremamente delicado para os trabalhadores, especialmente no setor público, Walter Matos destacou a unidade na constituição da chapa única para a direção da Condsef, com Sérgio Ronaldo reconduzido ao cargo de secretário-geral, e a unidade nas resoluções políticas do congresso.
“Com todo os sindicatos gerais filiados à Condsef e todo seu enraizamento, saímos unidos em torno de uma proposta que visa o enfrentamento das políticas adversas aos trabalhadores. Isso é um feito histórico e reflete a situação gravíssima que estamos passando”, comentou.
Além de mais gás para a luta, o secretário-geral do Sindsep-AM também trouxe do congresso novas responsabilidades, já que foi eleito para participar da executiva nacional da Condsef, além de representar a CUT Amazonas junto à CUT nacional.
“Os desafios são muitos, mas como temos uma diretoria uniforme e extremamente unida, vamos conseguir desempenhar todas essas funções com muita sobriedade e fortalecendo cada vez mais a nossa resistência às ameaças do governo, por meio do esclarecimento e diálogo aberto com a sociedade”, enfatizou.
Estiveram também no evento os secretários Gleig de Sá, Margareth Buzaglo, Adilon Araújo, Adminildo Lima, Maria da Conceição Santos, a delegada sindical de Itacoatiara Maria Regina Dos Santos, e o secretário de finanças Menandro Abreu.