Diretores da Condsef/Fenadsef apresentaram desafios e resoluções da luta dos servidores públicos federais no 13º CONCUT. Desde domingo, 6, o Congresso debate os temas Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia. Os mais de dois mil sindicalistas de diversas regiões trouxeram em suas bagagens os desafios e as perspectivas de luta por direitos de trabalhadores e trabalhadoras de todos os cantos deste país.
O Secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, ressaltou no evento a necessidade de revogação da Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos, além de ter defendido a estabilidade no serviço público e o reajuste salarial, que entrou no pacote de congelamentos do governo. A contrariedade à proposta de reforma da Previdência, que deve ser votada na próxima semana, e o alerta à suposta reforma administrativa que deve centralizar os esforços do governo após a tramitação da PEC 6, também foram destacadas pelo Secretário.
“A CUT está assumindo compromisso com os servidores. Amanhã vai haver eleição da nova diretoria, apresentada em chapa única, o que demonstra a unidade dos trabalhadores brasileiros. A Condsef está representada nesta equipe pelo nosso Secretário Financeiro, Pedro Armengol. Vamos arregaçar as mangas e reagir aos desmontes catastróficos que temos testemunhado na administração pública”, comentou Sérgio Ronaldo diretamente de Praia Grande.
À frente da chapa que será eleita amanhã está Sérgio Nobre, atual Secretário-geral da Central, com quase 40 anos de atuação na categoria metalúrgica. O dirigente sindical substituirá o presidente Vagner Freitas.
Ato agendado
Em contexto de ameaças de privatizações do patrimônio público, congelamento de investimentos públicos, onda de terceirizações e trabalhos informais e retirada de direitos constitucionais, trabalhadores deliberaram por ato em frente ao Ministério da Economia, no próximo 30 de outubro, em horário ainda a ser definido. Para Sérgio Ronaldo, é necessário organização para resistência.
“Não podemos acreditar no que Bolsonaro fala”, comentou, referindo-se à declaração do presidente, sobre a estabilidade dos servidores públicos. “Ele quer desmobilizar a luta para que possa passar com sua caravana da maldade. Querem acabar com os concursos e voltar ao tempo em que só existia indicação para os cargos públicos, mas nós não vamos deixar”, declarou.
Condsef/Fenadsef