Dando continuidade as ações em defesa do serviço público e de apoio à candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’ávila, a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep-AM) realizou na manhã desta terça-feira (23), mais um ato, desta vez em frente a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), localizado no bairro Glória, para alertar os servidores sobre as diversas ameaças feitas por Bolsonaro aos trabalhadores e aos direitos já conquistados.
Na ocasião, o secretário-geral do sindicato, Walter Matos, comentou que os movimentos realizados durante toda essa semana nas bases do serviço público de Manaus têm como objetivo mostrar a posição do Sindsep-AM em relação as propostas dos presidenciáveis. Segundo Matos, o sindicato está do lado da candidatura que dialoga com a sociedade e que garante a manutenção dos direitos dos trabalhadores e da democracia.
“O Sindsep-AM não pode ser uma entidade que defende melhores salários e acordos aos trabalhadores e quando chega neste momento decisivo da política ficar neutro. Isso é analfabetismo político. O Sindicato tem um lado, sim! E, é o lado dos trabalhadores e do serviço público”, enfatizou o secretário-geral.
Ainda de acordo com Matos, uma das propostas do Bolsonaro, caso seja eleito presidente do Brasil, é de extinguir, no mínimo, 15 ministérios, o que traria sérios prejuízos aos trabalhadores do setor público e a população. Para o secretário-geral, é preciso eleger um candidato que permita a continuidade da luta pelos servidores e pelo setor público, por concursos públicos e, principalmente, pela revogação da Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os investimentos em vários setores, como educação, saúde e segurança.
Matos relembrou que as propostas de Bolsonaro seguem a mesma linha de Fernando Collor, que quando presidente, em 1989, demitiu milhares de servidores públicos e colocou outros em disponibilidade, além de extinguir diversos órgãos públicos, a exemplo da Sucam.
“Não vamos votar com ódio, vamos votar com consciência e inteligência. Basta ir no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ver as propostas do Bolsonaro para o serviço público. São ameaças graves. Em 2003 quando procuramos Bolsonaro para evitar a extinção da Funasa, ele nos expulsou do seu gabinete e disse que o órgão era guarda-chuva de preguiçosos e vagabundos. Como podemos eleger alguém que pensa desta forma? Nossa posição sempre será em defesa do serviço público e do trabalhador”, disse Matos.
Já o secretário de finanças, Menandro Sodré, defendeu sua posição dizendo que, basta analisar os fatos recentes envolvendo os presidenciáveis para ver que a melhor opção para o Brasil e para o serviço público ainda é Fernand Haddad e Manuela D’ávila. Por fim, Menandro ressaltou que é preciso discernimento na hora do voto.
“Uma das maiores conquistas do sindicato foi defender a continuidade da Funasa. Não podemos deixar que essa conquista seja apagada. As ameaças feitas por Bolsonaro ao serviço público são reais e não apenas discurso de propaganda política. Hoje, nos deparamos com um setor sucateado, falido, e com risco gravíssimo de termos nossos direitos retirados. Precisamos reverter essa situação”, concluiu.