Por uma Petrobras forte e a serviço dos brasileiros começa nessa quarta-feira, 30, uma greve de petroleiros que vai se somar à paralisação iniciada por caminhoneiros e que deu um nó no Brasil que o governo ilegítimo não está tendo capacidade de desatar. A insatisfação dos caminhoneiros com uma pauta de reivindicações justa que inclui redução no preço do diesel, melhorias de condições de trabalho, valores dos fretes e manutenção de veículos, ganhou o apoio da população. A maioria dos brasileiros é afetada por essa alta com gasolina e gás de cozinha aumentando a todo dia. Até o momento as soluções apontadas pelo governo não deram conta de arrefecer os ânimos. Isso porque o problema não está de fato sendo atacado.
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A mudança na política de preços do petróleo coincide com a chegada de Pedro Parente a presidência da Petrobras. Somado a isso temos a redução da capacidade produtiva da empresa para atender interesses estrangeiros. O Dieese fez uma nota técnica em que trata da escalada do preço dos combustíveis e as recentes escolhas da política do setor de petróleo. Leia aqui. Para alertar sobre esses problemas petroleiros e caminhoneiros vão ganhar apoio da sociedade civil organizada que nessa quarta promoverá atos por todo o Brasil. Além da redução imediata dos preços de combustíveis e gás de cozinha a categoria pede a saída imediata de Parente da presidência da Petrobras. A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) também divulgou nota onde denuncia o que batizaram de política “America first!” na Petrobras, ou “Os Estados Unidos primeiro!”. Leia aqui.
Paralisar investimentos públicos é paralisar o Brasil – Pela soberania nacional, que passa também pela necessária revogação imediata da EC 95/16, os servidores devem também reforçar esse chamado das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Para a Condsef/Fenadsef este também é um momento fundamental para travar um debate junto à sociedade, pois esta tem potencial para ser uma crise maior e mais extensa. A falta de investimentos públicos é fruto desses problemas.
Por isso, junto à luta pelo fortalecimento de todos os serviços públicos, da Petrobras e demais estatais, incluindo Eletrobras, Casa da Moeda, Correios, Ebserh, Valec, Conab, Ceasa Minas e tantas outras, muitas parte de nossa base, é preciso defender a revogação imediata da Emenda Constitucional (EC) 95/16. Na mobilização dessa quarta os servidores já convocam ato para o próximo dia 7. Nesse dia os fóruns que reúnem a categoria (Fonasefe e Fonacate) vão cobrar do Planejamento o cumprimento de acordos ainda pendentes, a abertura de negociações e pauta de reinvindicações entregue ainda em fevereiro.
Exigimos respeito com a classe trabalhadora. Não podemos deixar que essa crise seja usada para enfraquecer ainda mais nossa Democracia já ferida. Enquanto soluções mágicas vão surgindo devemos exigir que sejam asseguradas nossas chances de sair desse processo pelas vias democráticas. Por isso, reforçando o que foi aprovado por unanimidade em sua Plenária Estatutária, a Condsef/Fenadsef luta pelos serviços públicos, cobra a revogação da EC 95/16, da reforma Trabalhista, contra o Estado de Exceção pelo direito de Lula ser candidato para assegurar eleições sem fraude. Que o povo decida o projeto que quer para o País com o fortalecimento da democracia e da soberania nacional.
Condsef/Fenadsef