Servidoras e servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) se reuniram em frente à sede amazonense do órgão, em Manaus, para reivindicar melhorias salariais e a reestruturação da instituição. A mobilização contou com o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep-AM), que organizou o ato e aproveitou a oportunidade para atualizar a base a respeito do andamento das negociações com o governo.
“Os trabalhadores do Iphan são uma categoria que o Sindsep-AM está se solidarizando, é uma categoria que trata da nossa cultura, que é muito importante. Além das próprias demandas que eles têm, existe a necessidade da manutenção deste setor extremamente importante para o patrimônio histórico e cultural”, afirma o secretário de Administração do sindicato, Jorge Lobato, que coordenou o encontro.
Durante a mobilização, servidores e diretores do Sindsep-AM puderam debater a luta da categoria, passar informes sobre como andam as negociações por reajuste salarial e tirar encaminhamentos para os próximos passos. Além de Lobato, estiveram presentes os secretários Gleig de Sá (Formação Política), Josimar Alves (Estudos Socioeconômicos) e Margareth Buzaglo (Comunicação).
Trabalhadoras e trabalhadores levantaram faixas com frases que exigiam a negociação, junto ao governo, dos salários. Servidores querem que a gestão Lula reabra a Mesa Setorial de Negociação da Cultura, permitindo um debate descentralizado a respeito das necessidades do setor. Outra demanda importante é a reestruturação da carreira unificada para servidores da área cultural no país.
Para além do debate por setor, a secretária Margareth Buzaglo informou a base sobre o que está em discussão nas negociações da pauta salarial unificada do serviço público. “Existem dois grandes blocos, o 1 e o 2, e há também uma campanha dos itens não econômicos, que são preciosos”, disse.
Segundo a Condsef, a última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) terminou sem avanços. O governo rejeitou a contraproposta apresentada pela categoria, que previa reajuste entre 22,71% e 34,32%, para dois blocos de servidores, divididos entre 2024, 2025 e 2026 (entenda aqui). A próxima reunião com a bancada sindical deve acontecer apenas no fim deste semestre. Até lá, tem crescido a possibilidade de greve nacional.
Sobre as pautas não econômicas, destaca-se a campanha para que o governo brasileiro ratifique a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT, que garante aos sindicatos a organização em favor dos trabalhadores. O Sindsep-AM e outras entidades defendem ainda que seja estabelecida uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para servidores públicos federais.
Como encaminhamento ao fim do ato desta quinta-feira, a base propôs ao sindicato que seja feito um levantamento a respeito do perfil dos servidores do Iphan, considerando que parte deles veio de outros órgãos. Além disso, Jorge Lobato destaca que o sindicato deve realizar novas mobilizações, desta vez, unindo servidores de diferentes órgãos públicos.
“Agora é seguir em frente para que cada vez mais possamos consolidar nosso fórum com as entidades e trabalhadores do serviço público do Amazonas, para que a gente possa engrenar em um cronograma com datas de mobilização que devem vir em breve. Os docentes e técnicos já apontam para a paralisação e nós precisamos submeter isso às nossas bases, dialogar”, pontua.
Ascom/ Sindsep-AM