Entidades representantes dos servidores federais, filiados à Condsef/Fenadsef (confederação e federação nacional do funcionalismo), relizaram assembleias até o último sábado (20) para avaliar proposta feita no final do ano pelo governo. Ao mesmo tempo, já discutem uma contraproposta, com reajustes que vão até 29,49% em três anos, conforme o setor. O cálculo foi elaborado pela subseção do Dieese.
Assim, nesta próxima terça (23), as entidades realizam plenária virtual para confirmar o resultado das assembleias. Uma semana depois, no dia 30, será a vez do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) realizar sua plenária.
No estudo do Dieese, afirmam os servidores, os percentuais apresentados consideram perdas e reajustes dos últimos anos e projeções de inflação. Assim, a contraproposta tem duas reivindicações de reajuste (18,30% e 29,49%), a ser pago neste e nos dois próximos anos. O instituto considerou a inflação de maio de 2016 a dezembro do ano passado, além das projeções do IPCA-IBGE para 2024 e 2025.
Aumento no vale
Por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o governo não apresentou índice de reajuste salarial para este ano. Propôs aumento de 52% no auxílio-alimentação, que a partir de maio valeria R$ 1.000. Além disso, reajuste de 51% per capita na saúde suplementar e o mesmo percentual para a assistência pré-escolar.
Pela proposta oficial, haveria reajuste de 9% nos dois próximos anos: 4,5% a partir de maio de 2025 e 4,5% em maio de 2026. No ano passado, o governo pagou 9% de reajuste a todas as carreiras, além de 43,6% no valor do auxílio-alimentação.
Urgência
No dia (12/01), representantes dos servidores se reuniram para avaliar a campanha salarial – e criticaram a proposta do governo. Para os líderes da categoria, o que foi oferecido “não contemplou as reivindicações mais urgentes do funcionalismo, a maioria com congelamento salarial de quase uma década”.
O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, disse que os trabalhadores têm urgência. “Queremos que nossa remuneração seja atendida agora, para já, em 2024.”
Rede Brasil Atual