Após duas semanas visitando municípios da calha do alto Solimões, o secretário geral do Sindsep-AM, Walter Matos, encerrou agenda de assembleias setoriais no último sábado (27) em Tefé. O encontro, que reuniu os servidores públicos federais da cidade com o dirigente sindical, ocorreu no Centro Cultural Santo Antônio, onde foram discutidas as principais pautas propostas para o debate, incluindo a análise da conjuntura atual e campanha salarial 2024.
“Foram mais de duas horas de assembleia e tivemos bastante participação da base. Falamos da mesa nacional de negociações, encontros setoriais, necessidade de acordos coletivos, data-base, sindicalização e, claro, da atual conjuntura”, contou Matos.
O secretário destaca que um dos pontos que ficaram claros no evento é que o reajuste de 9% que os servidores federais tiverem agora em 2023 só foi possível porque a massa dos trabalhadores foi capaz de derrotar o governo Bolsonaro, que não só engessou como praticamente acabou com o serviço público Brasileiro. “Se não fosse isso, não teríamos tido condições de ter reajuste e muito menos mesa de negociação. Hoje, estamos em outra realidade conjuntural, onde a liberdade de organização e representação foi novamente aberta, visto que tinham sido suprimidas pelo governo Bolsonaro e pela militarização que tanto estrago fez na administração pública, com a privação da liberdade e ausência de democracia”, ponderou.
Ainda de acordo com Walter Matos, a assembleia setorial em Tefé também ajudou a esclarecer para os servidores o andamento de alguns processos jurídicos em voga, cujas dúvidas foram tiradas pela assistente jurídica do sindicato Marcela Costa, que acompanhou o secretário em toda a viagem. Entre eles os processos de aposentadoria, de abonos de permanência e do desconto do Plano de Seguridade Social (PSS) no 1/3 de férias, 28,86%, Gacen e revisão do FGTS.
“Foi um encontro bem produtivo, onde também aproveitamos para alertar sobre a necessidade de participação da base nas discussões, pois o trabalhador alienado acredita em tudo que falam para ele. Um exemplo é essa questão dos golpes por meio de cartas que chegam oferecendo pagamentos mediante depósitos de quantias exorbitantes”, lembrou Matos.