No caso de vitória nas eleições deste ano, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia uma “recomposição gradual” dos salários dos servidores públicos atrelada ao crescimento da economia a partir de 2023. Lula também pretende criar um conselho econômico para discutir a reforma administrativa (mudanças no RH do Estado) em conjunto com os três Poderes e com participação da sociedade, nos moldes do antigo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social criado pelo petista, em 2003, em seu primeiro mandato.
O ex-presidente sinalizou que vai trabalhar para definir um teto efetivo para a remuneração nos três Poderes, sem os penduricalhos que foram sendo criados, e evitar grandes distorções salariais no serviço público. Em tese, o teto hoje é de R$ 39,3 mil, mas, na prática, servidores conseguem contracheques acima desse valor com os penduricalhos.
“A proposta é gradual e leva em conta o crescimento da economia. À medida que o País volta a crescer, aumenta a receita, e, portanto, ele faz o plano, como fez em 2003, de gradativamente fazer essa recuperação (salarial)”, disse ao Estadão/Broadcast o ex-governador do Piauí Wellington Dias, um dos interlocutores do ex-presidente na área econômica.
Segundo Dias, essa estratégia de recuperação gradual também seria usada para os reajustes do salário mínimo e da faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Estadão