O Sindsep-AM reuniu-se, na manhã desta quarta-feira (27), com trabalhadores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para analisar a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que está sendo discutido para o período de 2022 a 2023. O encontro aconteceu em formato de Assembleia Geral Extraordinária, no espaço da Associação dos Empregados da Conab (Asnab), ao lado da sede da empresa pública.
A reunião durou toda a manhã e teve participação em peso dos empregados da Conab. Foram distribuídas cópias da proposta de ACT e todos tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e propor alterações nas redações dos artigos que compõem o documento. A maior parte das mudanças versou sobre a precificação dos benefícios.
“A administração pública, tanto fundação quanto empresa, coloca os valores dos benefícios lá embaixo quando vai precificar. Então, é preciso ter esse olhar do trabalhador, até porque estamos falando de um acordo. Por isso, os companheiros aqui sugeriram aumento no auxílio-funeral, no auxílio-creche, no auxílio-alimentação e em outros pontos”, comentou Walter Matos, secretário-geral do Sindsep-AM e membro da direção nacional da Fenadasef/Condsef. Ao lado dele, também esteve presente na assembleia a secretária de assuntos jurídicos do sindicato, Geralda Oliveira.
Segundo Matos, todas as alterações sugeridas pelos trabalhadores serão formalizadas através de envio por e-mail ao sindicato. Em seguida, o Sindsep-AM irá transformar as redações em uma minuta a ser apresentada, no próximo sábado (30), em Assembleia Geral Nacional dos empregados da Conab, cujo representante no Amazonas será o analista-engenheiro agrônomo Pedro Jorge Benício Barros, eleito por unanimidade na assembleia desta quarta.
“Nessa assembleia, os trabalhadores da empresa vão bater o martelo sobre o Acordo Coletivo que a Condsef vai protocolar no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o poder moderador, e vai solicitar a participação desse ACT nessa discussão dessa resolução de trabalho entre a empresa e os sindicatos”, pontuou o secretário.
Justamente por falta de resolução, os trabalhadores da Conab estão atualmente sujeitos a um ACT defasado. É o que explica o diretor-presidente da Asnab Amazonas, Francisco Ferreira. “O ACT continua parado no Brasil todo, em todas as superintendências, por conta de um julgamento do TST que busca dar uma solução definitiva para a falta de acordo que temos. Os diretores da Conab jogam de um lado para o outro, querem tirar cláusulas que nos beneficiam e não permitimos isso”, disse ele.