De Norte a Sul, nessa terça-feira (14), servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), mobilizados, realizaram um Dia Nacional de Luta com paralisação de atividades e protestos em busca de respostas ainda não dadas do desaparecimento do servidor licenciado do órgão, Bruno Pereira, e do jornalista britânico, Dom Phillips. Um pedido de audiência foi feito ao Ministério da Justiça e Segurança Pública onde servidores realizaram atividade de protesto na manhã de hoje (foto). Mas as entidades representativas da categoria não obtiveram nenhum retorno de representantes do governo. A pressão e a mobilização dos servidores da Funai vão continuar e devem ser ampliadas.
Fora Xavier
Além de cobrar informações e providências para encontrar o paradeiro de Bruno e Dom, os servidores da Funai cobram a saída do presidente do órgão, Marcelo Xavier. Uma das reivindicações é para que Xavier assine declaração a ser publicada no site da Funai, com uma retratação pela difamação e inverdades em declarações públicas sobre o caso de desaparecimento de Bruno e Dom. Já está comprovado que não houve qualquer ilegalidade na conduta de Bruno.
Os servidores cobram ainda o envio imediato de forças de segurança pública com objetivo de garantir a integridade física daqueles que atuam na região onde Bruno e Dom desapareceram. No Pará, os protestos contaram com placas reforçando que “a vida do servidor da Funai importa”. Além disso, a categoria cobra o envio de uma força tarefa até a região para garantir apoio aos servidores lotados no Vale do Javari.
Funai inteira e não pela metade
Além das reivindicações urgentes, a categoria denuncia o descaso e desmonte do órgão e cobra reivindicações já apresentadas. Diálogo e negociação seguem sendo buscados, mas o desgaste e cansaço com o verdadeiro descaso do governo Bolsonaro estão presentes nos relatos da maioria. No Mato Grosso do Sul o protesto da categoria reforça a luta de todos por uma “Funai inteira e não pela metade”.
Condsef/Fenadsef