Mais uma Jornada de Lutas em defesa de uma reposição emergencial para o funcionalismo começou nessa terça-feira (26), com o reforço da vigília permanente instalada em frente ao Bloco P do Ministério da Economia. Na quinta (28), uma caravana com representantes de diversos estados vai ajudar na pressão para que o governo receba servidores que cobram a abertura de um processo de negociações efetivo.
Entidades ligadas ao Fonasefe, incluindo a Condsef/Fenadsef, Fonacate e centrais sindicais, entre elas a CUT, foram recebidas hoje por parlamentares da Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados onde denunciaram tentativas sucessivas do governo de dividir categorias do setor público. O governo vem adotando táticas que envolvem ventilar propostas diferentes, além de se recusar a instalar uma mesa de negociação formal com os servidores.
Um dos representantes ligado ao Fonacate pontuou que o desrespeito não é só com os servidores mas como o Estado brasileiro. “Os servidores esperam que o governo entenda que essa é uma das reivindicações centrais da categoria: respeito ao Estado”, disse.
Sem sucesso, essa tentativa de divisão do serviço público também já foi feita com a proposta da PEC 32, da reforma Administrativa. A luta contra a PEC 32 contou com uma unidade fundamental para garantir que o projeto de desmonte dos serviços públicos não avançasse como o governo Bolsonaro pretendia.
Veja fala do secretário-geral da Condsef/Fenadsef direto da vigília, em Brasília:
Confira registros da Jornada de Lutas em Brasília nessa terça, 26
Ampliar mobilização e greves
Frente a idas e vindas e diferentes declarações, o fato é que o governo ainda não apresentou nada de concreto para o funcionalismo. Avanços nesse cenário só serão possíveis se a categoria ampliar seu processo de mobilização e das greves já em curso.
“A história nos mostra que só nossa luta e nosso poder de mobilização nos garantem. A luta que a gente perde é a luta que a gente não faz”, aponta Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef que representa 80% dos servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas. “Só na luta, na mobilização, na pressão, no fortalecimento das greves a gente vai arrancar recursos que governo está escondendo”, reforça.
Condsef/Fenadsef