A diretoria executiva do Sindsep-AM participou, na manhã desta quarta-feira (24), de uma manifestação pela democracia, em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto este era julgado, em segunda instância, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre (RS). Marcaram presença no ato, em frente ao prédio da Justiça Federal do Amazonas, no Aleixo, os diretores Menandro Abreu Sodré, Adminildo Lima dos Santos, Geralda de Souza Oliveira, João Pereira Leite e Jorge Luiz Ramos Lobato.
O secretário geral da entidade, Walter Matos, que está de férias, também esteve presente, representando o movimento Diálogo da Ação Petista (DAP). Eles se juntaram a inúmeros outros líderes de entidades não apenas sindicais, mas também sociais, como o Movimento de Mulheres, Movimento Estudantil, Movimento Indígena e Movimento por Moradia, entre outros. Alguns participantes já estavam no local desde a noite anterior, quando fizeram uma vigília pela absolvição do ex-presidente do povo.
Com muitas faixas, cartazes e confiança, eles entoavam diversas palavras de ordem cobrando que a Justiça apresentasse provas sobre os fatos que levaram à condenação de Lula. Segundo o secretário de finanças do Sindsep-AM, Menandro Abreu, a maior preocupação das lideranças ali reunidas é com a ameaça à democracia do país, visto que esse julgamento representa a concretização do golpe.
“A Justiça não tem sido parcial e isso já vem acontecendo desde o impeachment da presidente Dilma, condenada sem crime, enquanto seu vice foi isentado no mesmo processo. O fato é que a burguesia nunca aceitou um operário no comando do país, por isso, enquanto milhares de processos aguardam há anos por julgamento, o do Lula, em menos de um ano, foi todo analisado para ir a Julgamento”.
Também na manifestação, Florismar Ferreira, da coordenação do Movimento de Mulheres, cobrou imparcialidade da Justiça Brasileira no caso do ex-presidente. “Eu acredito na democracia e preciso continuar acreditando nela, por isso não posso admitir a condução desse processo como está sendo feito, de forma totalmente parcial e partidária. Se querem derrotar o Lula, que o façam nas urnas, não no tapetão”, comentou.
Já o secretário-geral, Walter Matos, falou pelo DAP, corroborando com o que disseram os demais colegas presentes na manifestação. “O golpe que aí está foi dado contra os direitos dos trabalhadores, contra os direitos da população, como é o caso da PEC 95/16, que visa acabar com o serviço público, e nós não podemos concordar com isso”, ressaltou, exigindo o direito de Lula ser candidato e defender a democracia brasileira.
Condenação mantida Mesmo com todos os apelos populares das manifestações que ocorreram em âmbito nacional, na manhã de hoje, os três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 mantiveram, por unanimidade, a condenação o ex-presidente Lula, e ainda aumentaram de 9 para 12 anos a pena. O caso agora deve ser levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).