Os servidores públicos federais adiaram a possibilidade de início da greve geral para 9 de março. Além disso, devem unificar as propostas para pedir ao governo um reajuste de 19,9%, que corresponde à inflação acumulada entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021.
Antes da greve geral, uma paralisação virtual está marcada para 27 de janeiro. O evento é organizado pelo Fórum Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que representa a elite do funcionalismo, e pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que representa as demais categorias.
A ideia das duas entidades é que durante esse ato seja possível bater o martelo para unificar o início da greve geral em 9 de março e definir um pedido de reajuste salarial de 19,9%. A ideia anterior era pedir um aumento de 28%, que se refere a inflação entre 2017 e 2021.
“Decidimos unificar o pedido de reajuste salarial em 19,9% para considerar apenas as perdas acumuladas durante o governo Jair Bolsonaro”, disse Sergio Ronaldo da Silva, coordenador do Fonasefe.
Para o dia 2 de fevereiro, está marcado um novo ato presencial. A data coincide com o fim do recesso do Legislativo. Para o dia, está prevista uma mobilização organizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU (Fenajufe).
O Sindicato dos Funcionários do Banco Central (Sinal) organiza nova paralisação para 9 de fevereiro. Segundo o presidente da entidade, Fábio Faid, a tendência é de que a greve geral comece em 9 março, diante de necessidades burocráticas para organizar o movimento.
“Para decretação de uma greve é preciso convocação, edital, publicação, prazo, execução da assembleia, comunicação ao órgão e mais prazo para o início. São necessárias quase duas semanas. Se for decidido por greve na segunda quinzena de fevereiro, só deve começar em março”, disse.
Como mostramos mais cedo, Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2022 com uma reserva de R$ 1,7 bilhão para reajustes os salários de servidores. O recurso não tem destinação específica, mas a promessa do presidente da República é destinar o dinheiro para aumentar os vencimentos das carreiras policiais.
A mobilização do funcionalismo público começou após o Congresso aprovar a proposta, que foi endossada por Bolsonaro.
O Antagonista