A exemplo do que está ocorrendo em todos os estados brasileiros, trabalhadores do Amazonas também estão se organizando para uma grande mobilização nacional, no dia 10 de novembro, contra a Lei 13.467, que ‘deformou’ a legislação trabalhista, com grandes prejuízos a toda classe produtiva do país. Em plenária, na noite desta quarta-feira (1º), representantes de quatro centrais sindicais, diversos sindicatos da iniciativa pública e privada, além de movimentos sociais, iniciaram a construção do movimento, que pretende parar Manaus com inúmeras atividades pontuais setorizadas pela manhã e um grande protesto convergente, unindo todas as categorias, na parte da tarde. A plenária aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, reunindo lideranças da CTB, CSP Conlutas, UGT, CUT, Dieese, e vários sindicatos representativos dos setores urbanitário, petrolífero, educacional e serviço público, a exemplo do Sindsep-AM, SitraAM/RR, Sindiframa, Sintesam e Sinteam. O objetivo, segundo os organizadores, é que a manifestação da próxima sexta-feira (10) seja ainda maior que a ocorrida no dia 28 de abril, quando mais de 30 mil trabalhadores foram às ruas protestar contra os desmandos do governo ilegítimo. Na avalição dos sindicalistas, o momento conjuntural é crítico para os trabalhadores de modo geral, daí a necessidade de união entre todas as categorias, todas as lideranças e militâncias para uma grande mobilização. Um ato que deixe claro ao governo sem votos e seus capachos no Congresso que a classe trabalhadora não vai aceitar o desmonte do país, de suas instituições e das conquistas pelas quais lutaram por décadas. Deliberações Como parte da construção do grande ato do dia 10 ficou definida a elaboração de um panfleto único para comunicar o movimento junto às categorias de base, assim como de uma página no Facebook com o mesmo propósito, e a criação de uma comissão que vai cuidar das necessidades estruturais do protesto, como carros de som e ônibus para o traslado dos manifestantes até à Praça da Polícia, no Centro da cidade, onde irão se concentrar, a partir das 16h, para a grande caminhada. O trajeto do protesto, bem como outros detalhes do ato serão fechados na próxima plenária, marcada para terça-feira (7), também no Sindicato dos Metalúrgicos.
Representando o Sindsep-AM no encontro, o secretário para assuntos de ativos e inativos, João Leite, ressaltou a importância dessa união entre todas as classes e destacou a disposição das lideranças dos servidores públicos federais em convocar suas bases para a luta, além dos servidores que estão fora do sindicato, mas que também precisam se conscientizar sobre a importância de defenderem seus direitos. Leite também lembrou da necessidade de envolvimento dos jovens, principalmente do movimento estudantil. “Em outros tempos, eles estiveram entre os protagonistas de muitas conquistas e hoje precisam retomar essa posição, visto que serão os mais prejudicados numa futura carreira profissional, sem direito sequer a se aposentar”. A paralisação do dia 10, em todo o Brasil, está sendo construída sobre três eixos: combate à Reforma Trabalhista, repúdio à Portaria que facilita o trabalho escravo e a resistência à Reforma Previdenciária, em tramitação. Se você que lê este texto também se sente prejudicado com os ataques do governo federal aos seus direitos e conquistas, junte-se à luta, participe do ato do dia 10 de novembro.