O assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, ocorrido dentro de unidade do Carrefour, em Porto Alegre (RS), às vésperas do Dia da Consciência Negra no Brasil, não poderia ser mais emblemático para o racismo estrutural que permeia toda a nossa sociedade.
Mais lamentável ainda foi ouvir o vice-presidente, Amilton Mourão, dizer que “não há racismo no Brasil”, e o presidente Jair Bolsonaro alegar, em discurso a líderes do G20, que se trata de ‘modismo’ importado, visando a divisão entre as raças no país.
A direção do Sindsep-AM repudia veementemente o assassinato de João Alberto, assim como toda forma de violência contra negros, indígenas e mulheres, mais muito mais que isso, lamenta o comportamento negacionista das autoridades que deveriam ser exemplos de cidadania para o povo brasileiro.
Não precisa ser ativista do movimento negro para saber que a discriminação no país é histórica, e não só contra negros, mas contra todos que são diferentes, a exemplo do que ocorre com os índios, deficientes e homossexuais, os mais afetados pela estatística da violência.
Daí a importância da luta consciente, diuturna e sistemática contra qualquer forma de discriminação. Precisamos reconhecer que as diferenças existem, e que é isso que nos torna um povo singular e único, formado da miscigenação, e que por isso somos todos iguais.
Porém, enquanto o dia desse reconhecimento não chega, precisamos continuar lutando contra todas as formas de preconceitos. NÃO AO RACISMO ESTRUTURAL, NÃO À VIOLÊNCIA!
Diretoria Sindsep-AM