Com mais de 100 mil mortos pela Covid-19 no país, a mobilização de algumas pastas para o retorno presencial ao trabalho preocupa os funcionários públicos. No Ministério da Educação, o segundo maior da Esplanada, cerca de 73% dos servidores estão em trabalho remoto, de acordo com informações da pasta. O MEC e o Ministério da Defesa já foram oficializados sobre a deflagração de greve imediata em escolas técnicas e militares caso seja determinado o retorno físico ou semipresencial.
A deflagração de indicativos de paralisação é uma tendência. A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), que representa cerca de 80% dos funcionários do Poder Executivo, não descarta uma greve sanitária. Servidores do Ministério da Cultura do Distrito Federal e de Minas Gerais também já aprovaram a paralisação caso sejam obrigados a retornarem ao trabalho presencial.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem programada a volta para a segunda quinzena de agosto.
— Não há condições seguras para o retorno presencial. Nem para os servidores e suas famílias nem para a população usuária dos serviços. Vamos buscar resolver administrativamente. Do contrário vamos orientar que nossos sindicatos entrem na Justiça para garantir a manutenção do trabalho remoto. Greves sanitárias não estão descartadas. Essa possivelmente será uma tendência para a maioria do Executivo — avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef.
O Globo